EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS DE MADEIRA
FEITAS COM NÓ DE PINHO( SUBPRODUTO DA ARAUCÁRIA BRASILIENSE)
Esculturas
com autoria do escultor Jorge Schröder, abordando um motivo peculiar e
regionalizado, na visão do escultor, referente ao uso do “NÒ DE PINHO”,
subproduto da Araucária Brasiliense, conhecida como Pinheiro Brasileiro. As
esculturas com concepção e leitura visual do artista fazem o uso desta matéria
prima, que historicamente vem sendo usado pela sociedade Sul Brasileira em
atividades laborais distintas, algumas degenerativas e menos nobres.
Esculturas feitas com a parte do galho de Pinheiro
Brasileiro, que permanece perene , após a morte natural da árvore.
A O R I G E M do NÓ
de PINHO
Na
chamada MATA ATLÂNTICA, particularmente nos estados do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Leste de Minas Gerais e São Paulo existiam imensos
pinheirais do chamado "Pinheiro brasileiro" - Araucárias
Brasileenses ou Araucária Angustifólia. Durante dezenas de séculos a
Araucária povoou as nossas matas. Tais
pinheiros chegaram a atingir até 52 metros de altura. Seus troncos chegavam a
medir 8,5 metros de circunferência. Milhões de árvores no curso dos anos
foram caindo, findo o seu ciclo de existência ou atingidas por raios ou mesmo
em conseqüência de incêndios etc. Seus troncos voltam à terra e se
desintegraram completamente, exceto os "Nós", que não foram objeto de
decomposição.
Conservaram-se durante dezenas de séculos debaixo da
superfície do solo e atualmente, ao arar a terra, o lavrador ainda encontra
"Nós de pinho". Armazenando-os e vendendo para o consumo em
lareiras ou carvoarias. Até meados do século passado, milhares de serrarias
exploravam a madeira de pinheiro de araucária, tanto para o consumo interno,
mas predominantemente para exportação.
Com este legado histórico e as qualidades da massa do
material e suas formas orgânicas disformes e únicas, associados a surpreendente
performance dos efeitos plásticos que se obtém a partir do desfragmentar do nó
, surgem as esculturas; sugeridas pelas formas externas pré existentes ,
inserem uma gama de informações atrativas e surpreendentes na exploração
escultórica deste material. A massa
homogênea do lenho resinoso, os efeitos de polimento onde não há necessidade de
aplicação de vernizes, pois possui na resina interna que submetida a polimento
libera um brilho próprio.